O Governo angolano condenou hoje a operação militar do braço armado da FLEC que atingiu membros da comitiva do Togo na Taça de África das Nações (CAN2010), considerando-a um "ataque terrorista", e garantiu a realização da prova.O comunicado oficial foi lido na Televisão Pública de Angola pelo ministro da Comunicação Social, Manuel RabelaisO texto do Governo de Luanda adianta ainda que os elementos da FLEC que protagonizaram o ataque junto à fronteira da República do Congo e a província angolana de Cabinda deslocaram-se desde o país vizinho para território angolano e regressaram após a operação.O Governo aponta ainda que no ataque "terrorista" ficaram feridas nove pessoas, oito das quais togoleses que integravam a comitiva, sem especificar quantos eram futebolistas, embora a selecção togolesa já tenha confirmado, pelo menos, dois atletas atingidos pelas balas.Citando informações da 2ª Região Militar, em Cabinda, o comunicado aponta igualmente que logo após o ataque, os guerrilheiros da FLEC "retornaram" à República do Congo (Brazzaville).O texto inclui ainda uma forte condenação a esta "acção ignóbil" e garante o "total engajamento" do Governo angolano para "garantir a segurança" na província de Cabinda de forma a que o CAN "se possa afirmar como uma grande manifestação desportiva".Em declarações proferidas logo após a leitura do comunicado, o ministro da Juventude e Desportos, Gonçalves Muandumba, disse que o Governo de Luanda já expressou o pesar ao Governo togolês.Muandumba disse ainda que as autoridades togolesas, admitindo o sentiento de tristeza, não apontaram até agora a possibilidade de a sua selecção abandonar a prova, cuja participação na primeira fase decorre no grupo B, em Cabinda.O governante angolano disse ainda que a CAN2010 vai decorrer normalmente.